A águia pariu um rato: Memórias do subsolo e a filosofia moral nietzschiana sob o olhar de Alasdair Macintyre

Kairós

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ISSN: 2357-9420/1807-5096
Editor Chefe: Dr. Renato Moreira de Abrantes
Início Publicação: 20/01/2004
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Teologia, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

A águia pariu um rato: Memórias do subsolo e a filosofia moral nietzschiana sob o olhar de Alasdair Macintyre

Ano: 2023 | Volume: 19 | Número: 2
Autores: M. A. S. Monteiro
Autor Correspondente: M. A. S. Monteiro | marco.42040015@ucp.br

Palavras-chave: Dostoiévski, Nietzsche, ética, filosofia moral, Alasdair MacIntyre.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Realizou-se uma investigação filosófica sobre a ética apresentada por Fiódor Dostoiévski em seu romance Memórias do Subsolo, comparando-a com o pensamento moral de Friedrich Nietzsche. Foi identificada uma profunda similaridade entre as ideias do “homem do subsolo” e o pensamento nietzschiano. Em seguida, buscou-se a crítica de Alasdair MacIntyre à filosofia moral iluminista e emotivista, na qual o filósofo escocês se lastreia pelo pensamento de Nietzsche. MacIntyre demonstra que o autor de Assim Falou Zaratustra é genial em sua argumentação contrária à filosofia iluminista e completamente equivocado quando propõe a sua própria solução. Conclui-se que o homem do subsolo pode servir de exemplo do inevitável fracasso tanto da ética criticada por Nietzsche, quanto da própria ética nietzschiana. O personagem de Dostoiévski demonstra na forma da ficção como se comportaria alguém que utiliza exclusivamente a linguagem moral racionalista. E, ao mesmo tempo, o homem do subsolo é um antimodelo para a ética das virtudes.



Resumo Inglês:

A philosophical investigation was carried out on the ethics presented by Fyodor Dostoevsky in his novel Notes from Underground, comparing it with the moral thought of Friedrich Nietzsche. A profound similarity was identified between the ideas of the “underground man” and Nietzschean thought. Next, Alasdair MacIntyre's critique of enlightenment and emotivist moral philosophy was sought, in which the Scottish philosopher is based on Nietzsche's thought. MacIntyre demonstrates that the author of Thus Spoke Zarathustra is brilliant in his argument against enlightenment philosophy and completely wrong when he proposes his own solution. It is concluded that the underground man can serve as an example of the inevitable failure of both the ethics criticized by Nietzsche and the Nietzschean ethics itself. Dostoevsky's character demonstrates in the form of fiction how someone who exclusively uses rationalist moral language would behave. And at the same time, the underground man is an anti-model for virtue ethics.