Este estudo propõe demonstrar que a fotografia, como um documento social, caracteriza-se como uma importante fonte de informação que encontra nos álbuns um lugar de ordenamento e construção da memória e neste caso, da memória familiar. Investiga o percurso da invenção ao aprimoramento da técnica fotográfica, sua ascensão como documento advinda da importante contribuição da Escola dos Annales, e do empenho de Paul Otlet, no que concerne à ampliação da noção de documento, que agregou à fotografia um valor documental. É uma pesquisa descritiva e exploratória que adota a técnica bibliográfica para fundamentar e alcançar os objetivos propostos e como resultado, demonstra que os álbuns fotográficos, como repositórios de memória e informação, permitem que famílias possam fazer uma releitura do próprio passado, das suas relações, abrindo a possibilidade de encontros, reencontros e a criação de novas e ressignificadas narrativas sobre suas próprias histórias.