Ângulo de fase e função pulmonar como indicadores de prognostico em pacientes adultos internados com fibrose cística

Revista Brasília Médica

Endereço:
SCES Trecho 3 - AMBr - Asa Sul
Brasília / DF
70200003
Site: http://www.rbm.org.br/
Telefone: (61) 2195-9710
ISSN: 2236-5117
Editor Chefe: Eduardo Freire Vasconcellos
Início Publicação: 01/09/1967
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Enfermagem, Área de Estudo: Medicina, Área de Estudo: Saúde coletiva

Ângulo de fase e função pulmonar como indicadores de prognostico em pacientes adultos internados com fibrose cística

Ano: 2023 | Volume: 60 | Número: Especial
Autores: Michelle Nunes Silveira, Bruna Ziegler, Janaína Frescura Paim Bardini, Paulo de Tarso Roth Dalcin
Autor Correspondente: Michelle Nunes Silveira | rbm@ambr.org.br

Palavras-chave: ângulo de fase, fibrose cística, função pulmonar

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

INTRODUÇÃO: O ângulo de fase está entre os componentes da bioimpedância elétrica, um dos métodos de estimativa da composição corporal. Esse ângulo é um indicador prognóstico e de estado nutricional, por se associar com a massa muscular corporal, bastante utilizado na prática clínica. Indica alterações na composição corporal e na função da membrana celular. O volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) expressa as variáveis funcionais pulmonares em percentagem do previsto para sexo, idade e altura. O VEF1 é largamente utilizado para avaliar função pulmonar e o prognóstico nas doenças pulmonares, inclusive na fibrose cística (FC). Pacientes com FC frequentemente têm uma baixa massa muscular e um pior estado nutricional que se associam a piora da função pulmonar e da sobrevida.

OBJETIVO: Avaliar a relação do ângulo de fase e da função pulmonar com a piora do prognóstico em adulto internados com FC.

METODOLOGIA: Foi realizado um estudo longitudinal, prospectivo com coleta de dados na admissão hospitalar e no 14º dia de internação no período de janeiro de 2019 a agosto de 2021. A avaliação do ângulo de fase foi realizada através da bioimpedância. A avaliação da função pulmonar foi realizada através da espirometria. Os desfechos considerados para fins de prognósticos foram sobrevida e óbito no período do estudo.

RESULTADOS: O teste t para amostras independentes mostrou que a media do ângulo de fase foi de 6,40º ±0,93º para aqueles pacientes que foram a óbito em ocasião do estudo. Já a média do ângulo de fase para o grupo de pacientes que sobreviveram foi de 6,50º ±1,12º, (t(44)=0,17;p>0,05. Para o grupo óbito a mediana do VEF1% previsto foi de 28,0%(26;31) enquanto que para o grupo sobrevida a mediana foi de 41,0%(21;105), P<0,05 Mann Whitney.

CONCLUSÃO: O VEF1% previsto foi responsável por prever o prognóstico, óbito ou sobrevida. Já o ângulo de fase não se mostrou um preditivo de prognóstico para essa amostra.