Ética e linguagem - notas de um diálogo inconcluso

Working Papers Em Lingüística

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ISSN: 1984-8420
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 30/11/1997
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística

Ética e linguagem - notas de um diálogo inconcluso

Ano: 1999 | Volume: 3 | Número: 1
Autores: Rodrigo Borges de Faveri; Rogério Christofoletti
Autor Correspondente: R.B. Faveri; R.Christofoletti | rogerio.christofoletti@uol.com.br

Palavras-chave: Heidegger; Ética e linguagem; Filosófica; Intelectual; Nazismo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Se para Heidegger, a existência precede a essência,cabe pensar, por exemplo, que a questão ética se impõe com mais vigor sobre todas as demais. Mesmo porque entendo aqui ética como um "se colocar no mundo", posicionar-se frente às pessoas,às relações, aos fatos, ao mundo. Por isso, começo provocando.Provoco, ao invocar Heidegger numa discussão sobre ética já que seu nome é sempre tão lembrado quando o assunto é o seu envolvimento intelectual com o nazismo — e provoco porque vejo uma ligação direta entre ética e linguagem, o que muitos sequer admitem' .A adesão de Heidegger ao nacional-socialismo em 1933, quando assume a reitoria da Universidade de Friburgo, é uma tomada de posição politica, uma ocupação de lugar na situação. Uma ação política, uma ação ética. Mas sua produção filosófica fica apartada de sua filiação politica? O Discurso que profere ao ser guindado à reitoria — quando salienta a auto-afirmação da universidade para fazer valer "o caráter histórico próprio" do 'destino do povo alemão" — é um plano de ação para seu fazer científico, pessoal e político? O Discurso da Reitoria é uma trilha diferente da percorrida pelo Heidegger filósofo? Há dois Heideggers, afinal?