“Acho brega esse negócio de ser macho” educação, bordado, masculinidade e produções de Fábio Carvalho

Aurora (UNESP. Marília)

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ISSN: 1982-8004
Editor Chefe: Agnaldo dos Santos
Início Publicação: 30/11/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

“Acho brega esse negócio de ser macho” educação, bordado, masculinidade e produções de Fábio Carvalho

Ano: 2022 | Volume: 15 | Número: 1
Autores: João Paulo Baliscei, Ana Carolina Souza
Autor Correspondente: João Paulo Baliscei | vjbaliste@gmail.com

Palavras-chave: Educação. Gênero. Masculinidades. Arte. Cultura Visual.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As relações de gênero fortemente estabelecidas por e em setores econômicos, culturais e trabalhistas contribuíram para que, na contemporaneidade, o bordado fosse associado ao feminino. As práticas escolares e curriculares também favorecem certa distância entre masculinidade e o bordado. Diante disso, perguntamos: Que diálogos podem ser estabelecidos entre masculinidades e arte, em uma perspectiva que valorize o bordado para além do fazer artesanal? Para responder a essa pergunta, neste artigo, apoiamo-nos teoricamente nos Estudos de Gênero e nos Estudos das Masculinidades, pensando-os em articulação com a Educação. Temos como objetico analisar como os aspectos generificados do bordado atravessam a produção artística contemporânea de artistas homens. Para isso, estruturalmente, organizamos a discussão em dois tópicos. No primeiro, discutimos sobre os aspectos educativos e pedagógico das aprendizagens de gênero, dando ênfase às masculinidades. No segundo, apresentamos uma análise de duas séries artísticas feitas pelo artista carioca Fábio Carvalho (1965--), sendo elas: Em sendo patente...(2012) e Monarca (2012). Ao final, nas considerações, evidenciamos o caráter pedagógico dos artefatos visuais e, a partir das obras de Fábio Carvalho, argumentamos sobre a necessidade de repensar as imagens ofertadas às crianças, incluindo aquelas envolvidas em práticas escolares.



Resumo Inglês:

Gender relations strongly established by and in economic, cultural and labor sectors contributed to the fact that, in contemporary times, embroidery was associated with the feminine. School and curricular practices also favor a certain distance between masculinity and embroidery. In view of this, we ask: What dialogues can be established between masculinities and art, in a perspective that values embroidery beyond artisanal work? To answer this question, in this article, we theoretically rely on Gen-der Studies and Masculinity Studies, thinking about them in articulation with Education. We aim to analyze how the gendered aspects of embroidery cross the contemporary artistic production of male artists. For this, structurally, we organize the discussion into two topics. In the first, we discuss the educational and pedagogical aspects of gender learning, emphasizing masculinities. In the second, we present an analysis of two artistic series made by the carioca artist Fábio Carvalho (1965--), namely: Em sendo patente...(2012) and Monarca (2012). Finally, in the considerations, we highlight the pedagogical character of visual artifacts and, based on the works of Fábio Carvalho, we argue about the need to rethink the images offered to children, including those involved in school practices