A “Inevitabilidade do Gradualismo” e o Papel Histórico do Partido Trabalhista Britânico: Fabianismo, Corporativismo e Bem-Estar Social no Pós-1945.

Aurora (UNESP. Marília)

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ISSN: 1982-8004
Editor Chefe: Agnaldo dos Santos
Início Publicação: 30/11/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

A “Inevitabilidade do Gradualismo” e o Papel Histórico do Partido Trabalhista Britânico: Fabianismo, Corporativismo e Bem-Estar Social no Pós-1945.

Ano: 2018 | Volume: 10 | Número: 2
Autores: Thiago Romão de Alencar
Autor Correspondente: Thiago Romão de Alencar | Aurora.revista@gmail.com

Palavras-chave: Trabalhismo. Fabianismo. Corporativismo. Grã-Bretanha.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O pós-guerra na Grã-Bretanha ficou marcado pela ascensão do Partido Trabalhista ao governo e pela estruturação do Estado de bem-estar social a partir de 1945. A conjuntura específica britânica levou ao desenvolvimento de estruturas inspiradas no corporativismo, como órgãos tripartites, compondo um modo de regulação especificamente adequado ao regime de acumulação do período. Esse trabalho visa apontar como a ascensão dos trabalhistas foi vital para a manutenção desse Estado, tanto por sua formação e desenvolvimento vinculado aos sindicatos, como pela ideologia dominante no interior de suas fileiras. A visão da História subjacente à moderna socialdemocracia relega à classe trabalhadora e à luta de classes um papel secundário e até inexistente, contrapondo a isso uma imaginada harmonia de interesses no capitalismo desenvolvido. E é por estarem imbuídos dessa visão de mundo que os trabalhistas terão papel fundamental na manutenção da hegemonia sob o Welfare State, na medida em que buscam a neutralização da agência militante da classe trabalhadora ao controlar os sindicatos e direcionar suas demandas, trazendo assim importantes contradições para o próprio movimento trabalhista. No entanto, o protagonismo assumido nesses moldes pela socialdemocracia no pós-guerra não significa uma ruptura de princípios na história do trabalhismo britânico, apenas uma culminação desse desenvolvimento, que traz à cena novas e importantes contradições à dominação burguesa na Grã-Bretanha.



Resumo Inglês:

Post-war Britain is known for the emergence of the Labour Party to office and the building up of the Welfare State since 1945. This specific british conjuncture led to the development of corporatist structures, such as tripartite bodies, building a mode of regulation suitable to the regime of accumulation of that time. This paper will seek to establish how the rise of the Labour party has had a key role on the maintenance and development of British capitalism, not just for its foundation linked to the trade unions, but also due to the ideology it delivered to its rank and file. The concept of History underlying modern socialdemocracy places the working classes and its struggle at a secondary position, countering to it an imaginated class harmony which ignores the wide range of conflicting interests that characterize a developed capitalist society. It is precisely due to this belief that Labour acquired a key role in supporting the hegemony under the Welfare State, as it seeks to neutralize the working class militancy by controlling trade unions and gearing their demands, leading to significant contradictions at the core of the labour movement. However, this kind of protagonism held by the post-war socialdemocracy does not entail a breaking point within the principles of labourism, but just the culmination of this development, bringing to the political scene, new and major contradictions to the bourgueois domination in Great-Britain.