O processo de morte e morrer é um tabu na sociedade contemporânea. Existe resistência em discorrer sobre essa temática, principalmente relacionada à infância e à adolescência, dificultando o cuidado de pacientes com doenças ameaçadoras da vida. Os cuidados paliativos em oncopediatria buscam auxiliar pacientes e familiares a terem maior conforto e qualidade de vida no processo de adoecer e morrer. O objetivo foi investigar como se dá o trabalho da equipe multiprofissional em cuidados paliativos pediátricos (CPP) e a percepção dos profissionais acerca do trabalho do psicólogo nesse contexto. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória. Foram entrevistados onze profissionais (online e presencial), que atuam e/ou atuaram em CPP. O material foi analisado a partir dos pressupostos de Minayo (2010). Os resultados evidenciaram que a equipe de CPP pode proporcionar maior qualidade de vida e bem-estar a todos envolvidos. O psicólogo foi percebido pela equipe multiprofissional como parte fundamental, auxiliando na ressignificação do sofrimento, na elaboração do processo de finitude e na mediação da relação paciente, família e equipe. São escassas as pesquisas relacionadas à morte de criança/adolescente em oncologia pediátrica e poucos profissionais atuando nessa área. Sugerem-se pesquisas que escutem as necessidades das crianças e pais sob CPP.
The process of death and dying is taboo in contemporary society. There is resistance to discussing this theme, mainly related to childhood and adolescence, making it difficult to care for patients with life-threatening illnesses. Palliative care in oncopediatrics seeks to help patients and their families to have greater comfort and quality of life in the process of becoming ill and dying. The objective was to investigate how the work of the multidisciplinary team in pediatric palliative care (PPC) works and the perception of professionals about the work of the psychologist in this context. This is a qualitative, descriptive and exploratory research. Eleven professionals were interviewed (online and presential), who work and/or worked in PPC. The material was analyzed from the assumptions of Minayo (2010). The results showed that the PPC team can provide better quality of life and well-being to all involved. The psychologist was perceived by the multidisciplinary team as a fundamental part, helping to reframe suffering, in the elaboration of the process of finitude and in the mediation of the patient, family and team relationship. There are few studies related to child/adolescent death in pediatric oncology and few professionals working in this area. Researches are suggested that listen to the needs of children and parents under PPC.