“Que a sorte seja lançada”: poder obstétrico e regulação dos corpos gestantes em uma Unidade Básica de Saúde da região metropolitana no Sul do Brasil

Cadernos de Gênero e Diversidade

Endereço:
Universidade Federal da Bahia | Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas | Grupo de Estudos Feministas em Política e Educação - Estrada de São Lázaro, 197 - Federação
Salvador / BA
40240730
Site: https://portalseer.ufba.br/index.php/cadgendiv/index
Telefone: (71) 98482-6446
ISSN: 25256904
Editor Chefe: Felipe Bruno Martins Fernandes
Início Publicação: 31/12/2015
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

“Que a sorte seja lançada”: poder obstétrico e regulação dos corpos gestantes em uma Unidade Básica de Saúde da região metropolitana no Sul do Brasil

Ano: 2021 | Volume: 7 | Número: 4
Autores: P. R. F. Gomes, R. C. Sarges, L. C. López
Autor Correspondente: L. C. López | lauracl1975@gmail.com

Palavras-chave: Assistência Pré-natal, Poder Obstétrico, Regulação dos Corpos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo aborda a produção de relações de saber-poder no âmbito da assistência pré-natal, ao indagar em como são exercidas as diferentes formas de controle sobre os corpos femininos, na trama do poder obstétrico. A partir de um estudo qualitativo, realizado em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) cujo foco principal é a ‘saúde materno-infantil’, localizada em um município da região metropolitana no Sul do Brasil, questionamos quais são os dispositivos de poder obstétrico acionados durante a assistência, e como se dão as subjetivações das gestantes em relação a esses dispositivos. Analisamos a centralidade do médico especialista e o modo como é exercido um saber-poder que dociliza os corpos grávidos e produz as cesáreas como via principal de nascimento. Embora as discussões de implementação de políticas públicas, desde os anos 1980, apontem à saúde da mulher no marco dos direitos sexuais e reprodutivos, e as ações de “humanização da assistência pré-natal e ao parto” se vejam contempladas nas diretrizes que guiam as políticas nesse campo, ao mostrar a mulher como “protagonista” das decisões e vivências reprodutivas, os resultados desse estudo demonstram situações de “injustiça epistêmica” no cotidiano dos serviços.