Este artigo, discute-se a artificialidade dos aparelhos de ginástica e o quanto eles simulam uma realidade que pode lembrar antigos aparelhos de tortura. Mostra-se que o aparelho de fitness substitui o ambiente original e transforma o corpo. Porém, este sujeito da academia pode se tornar um antissujeito que se contrapõe à liberdade de movimento e tem seus gestos reaprendidos. Destaca-se, ainda, a finalidade trÃplice dos treinamentos: potência muscular, aquisição de bem-estar e conquista da aparência dos cânones estéticos. Ao final, a academia de ginástica parecerá, sobretudo, o lugar de uma recuperação do gesto humano, em sua natureza primordial e passÃvel das “generalizações ilimitadas†que marcaram a passagem do homo faber ao homo sapiens. Trata-se, em suma, de um ambiente paleolÃtico.
In this article the author discusses the artificiality of gym devices and how
they can simulate a reality that can be associated to some ancient torture devices. She
proposes that a fitness device replaces the original environment and transforms a body.
However this subject common in gym clubs can become a kind of antisubject opposed
to the freedom of moves and able to present reprehended gestures. She also highlights
the triple purpose of gym exercises: the muscular power, the acquisition of welfare and
the conquer of an appearance imposed by stetical canons. In the last part of her paper,
the gym club seems to be specially a place for human gesture recovery in its primary
nature, able to receive those “unlimited generalizations†that marked the passage from
homo faber to homo sapiens. In short a gym club is like a paleolithic environment.