O Brasil é um dos paÃses que mais se destacam pelas maiores taxas mundiais de envelhecimento populacional. O envelhecimento conduz a perdas fisiológicas sistêmicas, incluindo as alterações posturais e prejuÃzos respiratórios, considerados grandes problemas para o idoso. Este estudo teve como
objetivo verificar a influência das alterações posturais na força muscular respiratória, na mobilidade torácica e na flexibilidade coluna/pelve em idosos saudáveis. Completaram o estudo 16 idosos na faixa etária de 65 a 75 anos da idade, dos gêneros feminino e masculino, sedentários, residentes no bairro Luiz Fogliatto, no municÃpio de Ijuà - RS. Foram submetidos a avaliação postural, realizada pela análise cinemática angular (biofotogrametria computadorizada), avaliação da força muscular respiratória, expansibilidade torácica e flexibilidade. Com a análise estatÃstica, utilizando o teste qui-quadrado, observou- se que a região da coluna superior, referente à coluna torácica, apresentou significativo comprometimento postural(p < 0,05) em relação à s outras regiões. Observou-se um grau médio de correlação entre a coluna superior e a pressão expiratória máxima (p > 0,05). Verificou-se correlação inversa forte (p < 0,01) entre flexibilidade pelve/quadril com a medida angular RCMD, que corresponde à postura do tronco inferior/ quadril em rotação para a direita. Quanto à expansibilidade torácica, observou-se que indivÃduos com maior expansibilidade na região axilar tendem a apresentar maior pressão inspiratória, correlação altamente significativa(p < 0,01); correlação linear inversa(p < 0,05) entre a relação angular, formada entre a posição da cabeça e o ombro(RCOD), e expansibilidade torácica na região axilar (p < 0,05) e mamilar(p < 0,01), significando, respectivamente, que indivÃduos com maior expansibilidade tendem a apresentar menor rotação do tronco superior. Conclui-se
que as alterações posturais nos idosos da amostra são mais localizadas na região da coluna superior (torácica) e estão relacionadas com a redução de força muscular expiratória, da expansibilidade torácica e da flexibilidade coluna/pelve.