Ambientes de realidade virtual: que Real é este?

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ISSN: 1807-5726
Editor Chefe: Antonio P. P. Cyrino
Início Publicação: 31/07/1997
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Ambientes de realidade virtual: que Real é este?

Ano: 2001 | Volume: 5 | Número: 9
Autores: M. Axt; E. M.M. Schuch
Autor Correspondente: M. Axt | maaxt@vortex.ufrgs.br

Palavras-chave: realidade virtual; percepção; cognição; conhecimento; modernização tecnológica; educação.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo discute-se, a partir das Escolas de Santiago e de Genebra, a contraditória sensação de realidade em mundos virtuais. Foi proposta uma dupla aproximação do sujeito ao mundo, diferenciando organismo vivente e observador, ambos encontrando-se na, e sendo ligados pela, interface sensório-motora. Esta, ao dar suporte à mente consciente-autoconsciente, acaba por instaurar uma duplicidade, quanto à produção de sentidos-significações, cujo resultado, para a subjetividade, poderá ser, em ambientes RV, uma vivência-experiência em que concreto e virtual sejam vivenciados-experienciados-refletidos como mundos, espaços e tempos, a-paralelos. Tais vivências-experiências-reflexões, obtidas mediante contínuos deslizamentos entre esses mundos distintos, mas entrelaçados, ao coordenarem-se, poderão criar um efeito de Real, permitindo à Educação, pelo exercício da interpretação, explorar novos possíveis modos de aprender-sentir-conhecer-conceituar-comunicar, e assim inaugurar formas alternativas de entendimento do Real-Social: a subjetividade, em sendo cooptada na produção de sentidos e significações, mediada por uma corporalidade sensório-motora constituída e constituidora da cognição, sabe-se cooptada na produção de sentidos e significações conceituadas mediada por um observador-conceituador.



Resumo Inglês:

This article discusses the contradictory sensation of reality in virtual worlds, based on the Santiago and Geneva schools. A dual approach to the world by the subject is proposed, differentiating living being and observer, both of which meet and connect through sensory-motor interface. The latter, in providing support to consciousness and self-consciousness, establishes a type of duplicity as regards the production of meanings and signification, the results of which may be, for subjectivity, in virtual reality environments, an experience in which concrete and virtual are experienced and reflected as non-parallel worlds, spaces and times. These experiences and reflections, obtained by means of passing continuously between these different but interwoven worlds, can give rise to an effect of reality if they are coordinated, enabling Education, through the exercise of interpretation, to explore possible new ways of learning-feeling-knowing-conceptualizing-communicating, thus inaugurating new, alternative ways to understand Social Reality. Subjectivity, upon being co-opted to produce senses and signification, with the mediation of a sensory-motor corporality that both consists of and builds cognition, knows itself to be co-opted to produce senses and conceptualized signification, mediated by an observer-conceptualizer.



Resumo Espanhol:

En este artículo se discute la contradictoria sensación de realidad en mundos virtuales, del punto de vista de los marcos teóricos de las Escuelas de Santiago y de Ginebra. Para responder a tal demanda se propone una doble aproximación del sujeto al mundo, diferenciando el organismo viviente del observador, ambos en conexión en la interfaz senso-motriz. Esta, dándole soporte a la mente consciente-autoconsciente, pone de manifiesto una duplicidad que repercute en la producción de sentidos-significaciones, cuyo resultado para la subjetividad podrá ser, en ambientes de RV, una vivencia-experiencia en que concreto y virtual sean vividos-sentidos-pensados como mundos, espacios y tiempos paralelos. Tales vivencias-experiencias-reflexiones, obtenidas a través de continuos deslizamientos entre esos mundos distintos pero entrelazados, al coordinarse podrán crear un efecto de Realidad, permitiéndole a la Educación, por el ejercicio de la interpretación, la exploración de nuevos posibles caminos de aprender-sentir-conocer-conceptualizar-comunicar y, por lo tanto, generar formas alternativas de comprensión de lo Real-Social: la subjetividad, cooptada por la producción de sentidos y significaciones, propiciada por la corporalidad senso-motriz constituida y constituidora de la cognición, se sabe cooptada por la producción de sentidos y significaciones conceptualizados, propiciadas por un observador-conceptualizador.