Análise comparativa da viabilidade técnica e econômica entre SIGFI e a rede de distribuição aérea para atendimento de regiões remotas em Barão de Melgaço – Mato Grosso

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ISSN: 23585390
Editor Chefe: Raul Vitor Arantes Monteiro e Carlos Enrique Portugal Poma
Início Publicação: 28/08/2014
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Engenharias

Análise comparativa da viabilidade técnica e econômica entre SIGFI e a rede de distribuição aérea para atendimento de regiões remotas em Barão de Melgaço – Mato Grosso

Ano: 2025 | Volume: 14 | Número: 2
Autores: Carolina P. Gonçalves, Iuri L.Q. M. Silva, Emily A. Santos, Fillipe M. Vasconcelos, Camila A. Fantin
Autor Correspondente: Carolina P. Gonçalves | carolina.goncalves@sou.ufmt.br

Palavras-chave: Energia Fotovoltaica , Qualidade da Energia Elétrica, SIGFI

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O acesso à energia elétrica é essencial para o bem-estar e o desenvolvimento social. No entanto, diversas comunidades do Pantanal Mato-grossense ainda vivem em áreas remotas e de difícil acesso, marcadas por cheias e secas sazonais que dificultam a expansão e manutenção da rede elétrica convencional. Este artigo realiza uma análise comparativa da viabilidade técnica e econômica entre a instalação de Sistemas Individuais de Geração de Energia Elétrica com Fonte Intermitente (SIGFI) e a extensão da rede elétrica para atendimento a essas localidades, com foco na região de Barão de Melgaço, no estado de Mato Grosso. Os resultados deste estudo demonstram que o SIGFI apresenta vantagens significativas para comunidades remotas do Pantanal mato-grossense. A análise econômica revela que o sistema fotovoltaico isolado pode ser até 44% mais econômico que a extensão da rede aérea, considerando custos totais de implantação e manutenção em um horizonte de 10 anos. Além disso, o SIGFI mostrou maior confiabilidade, com Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) próximo a zero, contra 94 horas da rede convencional no alimentador analisado. Do ponto de vista ambiental, a solução descentralizada evitou a emissão estimada de 12 toneladas de CO₂eq/ano para os 61 consumidores estudados, contribuindo para a sustentabilidade local. Conclui-se que, para regiões com características similares às de Barão de Melgaço marcadas por dificuldades de acesso, sazonalidade de cheias e baixa densidade populacional, o SIGFI representa a solução mais viável técnica e economicamente. Os achados reforçam a importância de políticas públicas adaptadas às realidades regionais e sugerem que a combinação de sistemas fotovoltaicos individuais com microrredes comunitárias pode ser o caminho mais eficiente para a universalização energética em áreas remotas do Brasil.