Buscando entender as percepções que trabalhadores próximos do aposentar-se tinham a respeito deste momento, foram entrevistados três trabalhadores de 51 a 54 anos, funcionários operacionais de uma empresa que beneficia produtos de madeira em uma cidade do interior do Paraná. A subjetivação de aposentadoria variou de acordo com as vivências desses sujeitos, a relação com o trabalho e o lazer, idade, condições de saúde, e, sobretudo, pela situação econômica dos entrevistados, que consideram a aposentadoria muito mais sobre o prisma do benefÃcio financeiro do que um sinônimo de etapa de vida. Os resultados evidenciam a necessidade de programas para o pré-aposentado, evitando que a aposentadoria seja compreendida a partir da inutilidade e ociosidade, e os instrumentalizando a construir uma nova alternativa de se encarar a velhice e a aposentadoria, não como o término da vida, mas como um momento a ser aproveitado.