Objetivo: avaliar associação entre nutrição enteral precoce e presença de enterocolite necrosante em recém-nascidos prematuros sob cuidados intensivos. Metodologia: Estudo realizado em maternidade de referência de Fortaleza, Ceará, entre outubro de 2020 a março de 2021, totalizando 75 prematuros, com dados de fonte secundária do setor de nutrição. Analisou-se tempo de início de dieta enteral – precoce ou tardia. Além dos aspectos nutricionais, investigou-se presença de enterocolite, tempo médio para alcance de dieta plena, meta calórica e proteica, internação, diagnóstico e desfecho clínico. Para estatística, apresentou-se variáveis numéricas em média e desvio-padrão e categóricas em frequência e taxa de prevalência. Foi utilizado teste qui-quadrado, com nível de significância de 5%. Foram atendidas exigências do Conselho Nacional de Saúde, e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa institucional. Resultados: Nutrição enteral predominantemente precoce, houve maior proporção de não recuperação do peso ao nascer, os neonatos apresentaram complicações clínicas, porém com maior número de altas da internação. Além disso, houve menor tempo de internação, desmame parenteral, recuperação do peso. Finalmente, não houve associação entre a nutrição precoce e enterocolite. Conclusão: Oferta de alimentação precoce não foi fator de proteção para enterocolite. Contudo, os achados demonstram efeito desta sobre curso clínico e nutricional do grupo.