Este artigo analisa as práticas pedagógicas adotadas por docentes formadores dos cursos de licenciatura da área de Ciências da Natureza durante o Ensino Remoto Emergencial (ERE), instituído em resposta à pandemia da COVID-19. A pesquisa, de natureza qualitativa, utilizou questionários abertos aplicados a docentes formadores de Física, Química e Ciências Biológicas para investigar estratégias didáticas, materiais utilizados e formas de condução das aulas, incluindo os estágios supervisionados. Os resultados indicam uma ampla diversidade de recursos pedagógicos —como vídeos, podcasts, uso de ambiente virtual e atividades síncronas e assíncronas —, bem como uma série de desafios relacionados à infraestrutura tecnológica, formação docente e desigualdade de acesso. Dentre os resultados, observou-se, ainda, que nos estágios supervisionados, os estudantes foram incentivados a experimentar, criar e refletir criticamente sobre os recursos pedagógicos. A análise revela que embora o ERE tenha exigido adaptações rápidase intensas, ele também fomentou a criatividade, a colaboração e o desenvolvimento de novas competências digitais. Apesar das dificuldades, conclui-se que essas experiências podem contribuir para o aprimoramento de práticas híbridas e para a construção de uma educação mais inclusiva, adaptada às demandas do século XXI.
This article analyzes the pedagogical practices adopted by teacher educators in undergraduate licensure programs in the field of Natural Sciences during Emergency Remote Teaching (ERT), implemented in response to the COVID-19 pandemic. This qualitative research used open-ended questionnaires applied to teacher educators in Physics, Chemistry, and Biological Sciences to investigate teaching strategies, materials used, and approaches to conducting classes, including supervised internships. The results indicate a wide variety of pedagogical resources —such as videos, podcasts, virtual learning environments, and synchronous and asynchronous activities —as well as several challenges related to technological infrastructure, teacher training, and unequal access. Among the findings, it was further observed that, during supervised teaching internships, students were encouraged to experiment with, create, and critically reflect on pedagogical resources. The analysis reveals that, although ERT demanded rapid and intense adaptations, it also fostered creativity, collaboration, and the development of new digital competencies. Despite the difficulties, the study concludes that these experiences may contribute to the improvement of hybrid teaching practices and to buildinga more inclusive education system, better suited to 21st-century demands.
