Ao interrogar o sentido da escolha do escritor paraguaio Augusto Roa Bastos em voltar-se para o cinema e compor roteiros, este artigo propõe problematizar a relação entre cinema e exÃlio partindo da concepção de montagem e sua potencialidade em exilar blocos de imagens e criar fantasmas. A montagem, que corresponde ao conceito de “poética das variações†desenvolvido pelo escritor, se constitui como itinerário da memória à contravida que regressa a uma origem sempre perdida e se faz imaginário, como conjunto de imagens inventadas e exiladas.