Neste artigo, argumentaremos que a definição do caso Bolsonaro como um populismo de “direita” não leva em conta uma dinâmica subjetiva subjacente que implique transformações ideológicas estruturais contemporâneas. Analisando um spot publicitário de sua campanha eleitoral, postularemos que o fenômeno coletivo em torno de sua figura é sintomático de uma nova forma política, autoritária e narcisista, que se torna inteligível à luz da categoria Discurso Capitalista, postulada por Jacques Lacan. A partir dessa composição teórica, proporemos que, no bolsonarismo, mais do que um populismo, encontremos uma articulação imposta, onde há uma repressão radical da diferença e um impulso ao gozo que bloqueia o sujeito.
En este artículo sostendremos que la definición del caso Bolsonaro como un populismo “de derecha” no da cuenta de una dinámica subjetiva subyacente que implica transformaciones ideológicas estructurales contemporáneas. Analizando un spot publicitario de su campaña electoral, postularemos que el fenómeno colectivo alrededor de su figura es sintomático de una nueva forma política, autoritaria y narcisista, que se vuelve inteligible a la luz de la categoría de Discurso Capitalista, postulada por Jacques Lacan. En función de esta composición teórica, plantearemos que, en el bolsonarismo, antes que un populismo, encontramos una articulación impostada, donde se produce una represión radical de la diferencia y un empuje al goce que obtura al sujeto.