Podemos pensar em avaliação partindo do pressuposto que ela é carregada de uma dimensão ética,
porém não deixando de lado que cada vez mais ela vem sendo enxergada também como uma
política de Estado. Em seu caráter mais pedagógico a avaliação é uma dimensão do currículo e
deve estar intimamente ligada à este. Na falta de clareza do que se deve aprender e do que se deve
ensinar a avaliação perde todo o seu sentido. Não restam dúvidas que a avaliação é a mais avaliada
das práticas didáticas. Muitas vezes utilizada como instrumento de controle, de classificação, geradora
de medo, foi (e ainda é) vista pelos sistemas escolares ao redor do planeta, como termômetro
da aprendizagem. Essa abordagem da avaliação gera exclusão social de determinados grupos e
pode se constituir como um modo contínuo, sutil e covarde de perseguição do ser que é avaliado.
Graças à democratização da escola, à sociologia da educação e tantas outras conquistas sociais,
a avaliação está ganhando um outro viés: o de um bem, parte criativa e humana do processo de
valorização da aprendizagem.