O concreto armado é o material mais comumente utilizado na construção de estruturas; não obstante, essas estruturas podem ser atacadas por diversos agentes agressivos (gás carbônico, íons cloretos, sulfatos), que invariavelmente afetam seu desempenho durante a sua vida útil. A corrosão ocasionada pela ação de íons cloretos é apontada como sendo a maior ameaça à durabilidade e à vida útil das estruturas de concreto armado. Sabe-se que, dentre outros fatores, o tipo de cimento é um dos que mais influenciam a corrosão de armaduras iniciada por íons cloretos. Dessa forma, este trabalho visa estudar a capacidade de proteção de alguns tipos de cimento fabricados e vastamente utilizados na região Nordeste (CPII-Z-32, CPIII-40 e CPIV-32), no que diz respeito à corrosão de armaduras sob a ação de íons cloretos. Para isso, foram realizados os ensaios de potencial de corrosão e de absorção capilar para avaliar o desempenho dos cimentos utilizados. Com base na variação do tipo de cimento, da relação água/cimento (0,4 e 0,7) e do período de cura (7 e 28 dias) foram definidas séries para realização dos ensaios. Verificou-se que a adoção de uma baixa relação água/cimento e a ampliação do período de cura conduzem a uma diminuição da porosidade e um aumento na resistência à corrosão. Constatou-se também que as séries confeccionadas com cimento CPIII-40 apresentaram maior resistência à corrosão iniciada por íons cloretos e menor absorção capilar.