A inclusão escolar de estudantes com deficiência enfrenta inúmeros desafios no contexto educacional brasileiro, entre os quais se destacam as barreiras atitudinais. Estas, de natureza subjetiva, estão ligadas a preconceitos, estigmas e à resistência de profissionais e instituições em aceitar a diversidade como princípio educativo. Este artigo tem como objetivo analisar criticamente o papel das barreiras atitudinais na exclusão escolar e discutir estratégias para sua superação, à luz de referenciais teóricos contemporâneos e legislações vigentes, como a Lei Brasileira de Inclusão (2015) e a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008). Parte-se da compreensão de que atitudes discriminatórias, ainda que implícitas, comprometem o acesso, a permanência e o aprendizado dos alunos com deficiência, especialmente quando associadas à formação docente deficitária, currículos rígidos e ausência de cultura inclusiva nas escolas. Fundamentado em autores como Mantoan (2006), Sassaki (2003) e Mittler (2000), o artigo defende que a superação dessas barreiras demanda ações contínuas de sensibilização, formação ética e política, reconstrução de valores e práticas pedagógicas colaborativas, com ênfase no reconhecimento do outro como sujeito de direitos. Conclui-se que a inclusão só será plena quando as atitudes se tornarem acolhedoras e comprometidas com a equidade, transformando a escola em espaço de pertencimento e respeito à diferença.