Este artigo pretende investigar a noção de felicidade no De Consolatione
Philosophiae de Boécio. Num primeiro momento, demonstramos a partir da presente obra o
que a felicidade não é. Ao se dar conta de onde a felicidade não está, Boécio então é levado
ao reconhecimento da autêntica felicidade, isenta de males e perturbações: completa. Também
estabelecemos um paralelo comparativo com o livro I da Ética a Nicômacos de Aristóteles, uma
vez que Boécio demonstra-se aristotélico em sua argumentação sobre a felicidade, seguindo o
paradigma estagirita de uma ética eudaimonista.