No dia 30 de março de 2011, deparei-me, por intermédio dos meios de comunicação: internet, rádio, TV, revistas, com o ato enunciativo do deputado Jair Bolsanaro1 “Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teuâ€, utilizado pelo deputado para contestar a seguinte argüição proferida pela cantora Preta Gil: “Qual seria a reação dele se seu filho se apaixonasse por uma negraâ€. Esse contexto nos impele, por meio de um embasamento teórico Guimarães (2004), Freyre (2006), Ramos (2002), Munanga (2004), discutir, em um primeiro momento, o mito da democracia racial, mÃdia e racismo no Brasil, estereótipo da mulher negra na sociedade brasileira e identidade cultural do afro-brasileiro, por um viés histórico e antropológico com a finalidade de analisar, por intermédio dos princÃpios da análise discursiva francesa, o discurso do deputado e os seus desdobramentos no cenário brasileiro.