O presente artigo intenciona promover um diálogo entre a obra do escritor norteamericano William Faulkner e a do brasileiro Autran Dourando. Tendo isso em vista, serão confrontadas a segunda parte do romance O Som e a Fúria (1922), de Faulkner, centrada no personagem de Quentin Compson, e “Os Retratosâ€, primeira parte da obra Tempo de Amar (1952), de Dourado, que centra-se na figura de Ismael. Serão deslindados importantes aspectos formais desses relatos, sobretudo no que tange à posição do narrador e à s disjunções temporais que este provoca. Também atentarei para a construção dramática dessas narrativas, ressaltando temas como o incesto, o conflito entre introversão e extroversão, e a luta contra o tempo.