Objetivo: verificar a prevalência, frequência e intensidade do uso do fone de ouvido entre adolescentes, bem como o conhecimento do uso inadequado do aparelho. Materiais e Métodos: estudo transversal, epidemiológico, descritivo. Foram escolhidas três escolas públicas estaduais e aplicado um questionário aos alunos do sexto ao nono anos que continha questões sociodemográficas sobre o uso dos fones de ouvido e o conhecimento quanto ao uso inadequado. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética das Faculdades Unidas do Norte de Minas, sob o número 2.885.889. Resultados: participaram 597 adolescentes com média de idade de 12,9 anos, sendo 52,6% do sexo masculino. Quanto ao comportamento, a prevalência do uso de fone de ouvido foi de 86,4% (n=516), sendo que 55,6% (n=287) utilizam diariamente, 18,8% (n=97) utilizam quatro ou mais horas por dia. Sobre a intensidade, 41,3% (n=213) relataram usar no volume máximo, apesar de 87,8% (n=524) acreditarem que pode causar perda auditiva. Em relação ao conhecimento, a maioria dos participantes (56,3%, n=336) já ouviu falar sobre os males do ruído sobre a saúde. Conclusão: é alta a prevalência de uso de fones de ouvido e, apesar de a maioria conhecer os malefícios à saúde quando usados inadequadamente, muitos possuem um comportamento nocivo quanto à frequência e intensidade.
Objective: the purpose of the present study was to verify the prevalence of headphones use by adolescents, its frequency, intensity and knowledge about possible hearing damage caused by its inappropriate use. Materials and Methods: cross-sectional, epidemiologic, descriptive study. Three state public schools were selected and a questionnarie was applied to the students from sixt to ninth grade with sociodemographic questions, about the headphones use and the knowledge about its inappropriate use. The project was approved by the Faculdades Unidas do Norte de Minas Ethics Committee under the number 2.885.889. Results: a total of 597 adolescents with an average age about 12.9 years old, being 52.6% men, participated in the survey. Regarding the behavior, the prevalence of headphones use was 86.4% (n=516), which 55.6% (n=287) use it daily and 18.8% (n=97) use it four or more hours per day. About its intensity, 41.3% (n=213) reported using maximum volume, although 87.8% (n=524) know that this behavior can cause hearing loss. Regarding knowledge, most participants (56.3%, n =336) have already heard about health problems associated with noise. Conclusion: the prevalence of headphones use is high and although most of them are aware about the health harms by its inappropriate use, most of them have a harmful behavior regarding frequency and intensity.