O texto aborda questões emergentes das ocasiões de experiência que, ativadas pelo uso idiossincrático das máquinas em rede, passam a contagiar circunstâncias e práticas genuínas de composição musical, bem como de outras disposições da escuta. Isto se passa quando os "dj's produtores de desktop" remodulam forças latentes nos enunciados musicais da cultura corporativa para revelarem, a partir da prática do remix, outros eventos, instaurando regimes singulares para a sensação. Seria preciso pensar tais poéticas da escuta em rede como implicações conjuntas de conexões não apenas de materiais musicais, mas também de universos incorporais, de forças insonoras, amparando-se, para tanto, nas direções conceituais deleuzianas acerca das questões do virtual e do acontecimento na sensação musical.