Neste artigo buscamos pensar a comunicação na sociedade contemporânea retirando-a do positivismo típico das escolas Americanas e do pessimismo típico da Escola de Frankfurt (Teoria Crítica). Adotamos uma perspectiva mais dialética, móvel e complexa que não demarca moralmente o lugar da comunicação e busca localizá-la no âmbito das ricas interações humanas e simbólicas. Nos esforçamos também, dessa maneira, em ultrapassar os estereótipos restritivos que perseguem a comunicação, como sua localização como mero instrumento de manipulação ou apenas como um meio de transmissão de mensagens de um ponto a outro. Para tanto, dialogamos com a perspectiva do autor Gianni Vattimo, que aponta de forma equilibrada e dialética as limitações e as potencialidades emancipatórias da sociedade da comunicação. Uma visão mais orgânica e não menos reflexiva do processo que toma o sujeito como um ator ativo e criativo capaz, pelas artes simbólicas, de se relacionar com o outro, dar complexidade ao entendimento da comunicação.