Nos últimos anos, uma série de conceitos, padrões e tecnologias surgiram para modificar a distribuição e o acesso à informação. A indústria da comunicação cada vez mais atraída para disponibilizar conteúdos nas diversas alternativas de mídias, pretende alcançar o maior número de consumidores provendo serviços de comunicação, entretenimento e informação a qualquer hora, em qualquer lugar. Por outro lado, os avanços das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) trazem desafios a essa indústria, como, por exemplo, administrar a complexidade crescente da informação transmitida, que pode assumir vários formatos de mídia. Partindo da constatação acima, o presente artigo tem por objetivo tratar da complexidade que circunscreve o espaço digital e, mais especificamente, tratar do caso das plataformas eletrônicas que são programadas para fazer a transmissão dos conteúdos produzidos tecnologicamente, sem atender às necessidades e capacidades do sujeito receptor, ou do usuário, como é comumente chamado. Tem, além disso, a intenção de propor princípios para que, caso a conexão ocorra, seja possível transformá-la em comunicação, tal como a concebemos, com base no diálogo entre os dois polos do processo comunicativo.
In recent years, a number of concepts, patterns and technologies have emerged to modify distribution and access to information. The communications industry increasingly attracted to delivering content across diverse media alternatives, aims to reach the largest number of consumers by providing communication, entertainment and information services anytime, anywhere. On the other hand, advances in Information and Communication Technology (ICT) bring challenges to this industry, such as managing the increasing complexity of the information transmitted, which can take on various media formats. The objective of this article is to deal with the complexity that circumscribes the digital space and, specifically, to deal with the case of electronic platforms that are programmed to transmit the contents produced technologically, without meeting the needs and capacities of the subject receiver, or user, as it is commonly called. It has, moreover, the intention to propose principles so that, in case the connection occurs, it is possible to transform it into communication, as we conceive it, based on the dialogue between the two poles of the communicative process.