O magistério da Igreja tem a responsabilidade de ensinar e zelar pelo bem dos membros da comunidade eclesial. No campo da teologia moral, historicamente tem havido tensões e dissensos entre a autoridade eclesiástica e teólogos e cristãos que desejam se explicitem as razões das normas que lhe são impostas. Posições diversas sobre que esta questão mostram, entre outras urgências, a necessidade de se passar da submissão à palavra da autoridade, por medo, para a autonomia respeitosa que inclui a racionalidade das normas morais. Do contrário, se caminharia para a formação de uma consciência autoritária. Na busca de crescimento nessas relações os cristãos que ousam manifestar seu dissentimento ante o magistério contribuem para o avanço da formulação da doutrina moral católica. No processo vital da experiência eclesial, as tensões nascidas do esforço do desejo de compreensão racional da moral podem ajudar tanto o magistério quanto os teólogos no exercÃcio das respectivas funções, por meio do diálogo verdadeiro.