As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) resultam em índices elevados de complicações, além de favorecer a seleção e disseminação de microrganismos multidroga resistentes (MDR). Instituições de saúde têm buscado padronizar processos de trabalho com vistas a minimizar os riscos associados ao cuidado. Objetiva-se avaliar e discutir o nível de conhecimento da equipe multidisciplinar sobre medidas de precaução de contato na assistência a pacientes com germes multirresistentes. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa, em hospital de grande porte. Foram incluídos 25 profissionais fixos e 50 profissionais volantes que atuavam há pelo menos um mês no setor. Os dados foram coletados a partir dos questionários semiestruturados “Questionário demográfico e ocupacional” e “Questionário de conhecimento sobre as precauções de contato (QCPC)” e analisados estatisticamente no software Statistical Package for the Social Science (SPSS). A maioria dos participantes eram mulheres, com nível superior completo, e a categoria profissional com maior participação foi a médica. Conclui-se que a necessidade de distanciamento mínimo de um metro, quando não houver disponibilidade de quarto privativo, apresentou maior percentual de dúvidas pela população estudada. As medidas a serem empregadas para prevenção das IRAS são de baixo custo material, necessitando muito mais de treinamento e incentivo à adesão para uma assistência segura e de qualidade.
Healthcare-associated infections (HAIs) lead to high rates of complications, and favors the selection and dissemination of multidrug resistant microorganisms (MDR). To minimize such care-associated risks health care institutions have sought to standardize work processes. Hence, this study evaluates and discusses a multidisciplinary team’s level of knowledge about contact precautions when caring for patients with multidrug-resistant germs. A quantitative cross-sectional descriptive study was conducted in a large hospital with 25 permanent professionals and 50 mobile professionals who had been working in the sector for at least a month. Data collected by the semi-structured questionnaires “Demographic and Occupational Questionnaire” and “Questionnaire of Knowledge on Contact Precautions (QCPC)” underwent statistical analysis using the Statistical Package for Social Science (SPSS) software. Most participants were women, with complete higher education, in the professional category of physician. The need for a minimum distance of a meter, when a private room is not available, showed the highest percentage of doubts in the studied population. HAIs prevention measures present low material cost, requiring better training and adherence promotion for a safe and quality care.