O presente artigo tem origem na práxis alfabetizadora do Núcleo de Educação Popular Paulo Freire (NEP) através do Grupo de Estudo e Trabalho em Educação Popular na Amazónia Rural - GETEPAR e se constitui, também, em um dos focos de pesquisa do Curso de Especialização Psicologia Educacional da Universidade do Estado do Pará. A nossa participação na práxis alfabetizadora do NEP possibilitou-nos refletir sobre as seguintes questões: que representações sociais são construídas em relação a jovens, adultos e idosos “analfabetos"? Que identidades estes sujeitos constroem em suas práticas sociais? Por não saberem ler e escrever muitas vezes são julgados incapazes e discriminados por isso assumem uma atitude de desesperança face as suas condições de vida na sociedade. Sendo assim, consideramos necessário tecermos algumas reflexões sobre as representações presentes na sociedade em relação a estes sujeitos, que identidades estão sendo formadas, mas sobretudo a partir do diálogo e da leitura de mundo de Freire, descontruirmos e reconstruímos esta representação.