A construção de sentidos em textos de humor de comédia de stand up: um estudo de caso

Seda

Endereço:
Departamento de Letras e Comunicação / ICHS Rod. BR 465, km 7
Seropédica / RJ
23890-000
Site: http://www.ufrrj.br/SEER/index.php?journal=SEDA
Telefone: (21)2681-4847
ISSN: 2525-5940
Editor Chefe: Eduardo da Cruz
Início Publicação: 31/03/2016
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Letras

A construção de sentidos em textos de humor de comédia de stand up: um estudo de caso

Ano: 2016 | Volume: 1 | Número: 2
Autores: Gerson Rodrigues Silva, Mario Monteiro
Autor Correspondente: Gerson Rodrigues Silva, Mario Monteiro | seda@ufrrj.br

Palavras-chave: Linguística Cognitiva; Humor; Stand-up; Mesclagem; Metáfora conceptual.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A Línguistica Cognitiva dá uma nova perspectiva na visão sobre as análises do humor, mais especificamente sobre a análise dos textos do gênero stand up. Neste trabalho, objetiva-se entender qual o caminho tomado por um comediante na construção da sua piada a fim de resultar em risadas provindas da plateia e por quais razões esse ato é falho. É notório que o humor pode ser considerado uma exemplificação desses processos cujo riso advém de situações engraçadas que nem sempre são imaginadas num primeiro momento pelo receptor e isso acaba fazendo com que a reação seja inesperada causando, o que chamamos de quebra de expectativa, mas esse não é o único motivo pelo qual a piada se fundamenta e ocorre. Durante esse trabalho entenderemos como a linguística cognitiva pode nos auxiliar nesse sistema de sentido. Os estudos na área da cognição dão início aos processos inciados por Fillmore (1972,1975), Reddy (1979), Lakoff & Jonhson (1980), dentre outros que tratam da necessidade de questões externas a estrutura linguística para que a comunicação entre interlocutores seja mais completa. O conhecimento enciclopédico passa a ser peça fundamental para a criação de novos sentidos a partir de sentidos já existentes e adquiridos anteriormente através de frames que são ativados em metáforas que se mesclam e formam tal sentido. Para isso, a análise é estruturada a partir do diagrama apresentado por Fauconnier (1985) onde todo o processo mencionado acontece e assim é possível ver que o compartilhamento de domínios entre a plateia e o comediante é o que faz a criação do cômico naquele momento do ápice da punch-line e não pode-se atingir a todos visto que nem todo mundo tem a mesma noção de conceitos de o próprio showman.