Construindo conhecimento e disseminando saberes na fibrose cística: uma estratégia lúdica

Revista Brasília Médica

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ISSN: 2236-5117
Editor Chefe: Eduardo Freire Vasconcellos
Início Publicação: 01/09/1967
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Enfermagem, Área de Estudo: Medicina, Área de Estudo: Saúde coletiva

Construindo conhecimento e disseminando saberes na fibrose cística: uma estratégia lúdica

Ano: 2023 | Volume: 60 | Número: Especial
Autores: Katty Anne Marins, Nelbe Nesi Santana, Cláudia Dayube Pereira, Nathália Cristina Souza, Ana Beatriz Freitas
Autor Correspondente: Katty Anne Marins | rbm@ambr.org.br

Palavras-chave: fibrose cística, educação em saúde

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

INTRODUÇÃO: A fibrose cística (FC) é uma doença rara de origem genética, autossômica recessiva e progressiva. Parcela considerável da população ainda a desconhece. Pelas características crônica e progressiva infere na qualidade de vida dos indivíduos com FC, logo ações de educação em saúde são fundamentais para sensibilizar a população em relação à doença, seus principais sintomas e tratamento, o que contribui para o (re)conhecimento e consequentemente no diagnóstico.

OBJETIVO: Descrever a experiência de educação em saúde com crianças e adolescentes matriculados nas escolas da cidade do Rio de Janeiro durante a Semana da Ciência e Tecnologia (SCT).

METODOLOGIA: A equipe multiprofissional do Centro de Referência Pediátrico de Fibrose Cística (CRFC) do Rio de Janeiro propôs uma atividade lúdica, interativa e participativa com crianças e adolescentes matriculados nas escolas da cidade do Rio de Janeiro que participaram da SCT. Para a simulação da viscosidade da secreção traqueobrônquica encontrada nos indivíduos com FC, utilizou-se de materiais do cotidiano para confecção de slime, à medida que as pesquisadoras explanavam a importância de identificar os sinais e sintomas da FC. Além disso, foi acrescentado cores diferentes de glitter simulando os microrganismos potencialmente colonizadores. Após a atividade lúdica, as pesquisadoras avaliaram a compreensão dos participantes.

RESULTADOS: Aproximadamente 200 crianças e adolescentes com faixa etária inferior a 12 anos participaram da atividade proposta. As crianças e adolescentes se mostraram muito interessadas não somente na confecção do slime, mas também nas características da FC. Alguns participantes inclusive identificaram em familiares e colegas algumas semelhanças com os sinais da FC.

CONCLUSÃO: Difundir informações acerca da FC é uma das missões do CRFC. As atividades de educação em saúde em diferentes espaços contribuem para a sensibilização da população e divulgação da doença. É imprescindível que diversos espaços, tal como a SCT, sejam ocupados com semelhantes iniciativas, a fim de promover o conhecimento acerca da FC, socialização das necessidades de saúdes desses indivíduos e rompimento com o subdiagnóstico.