Objetivo: correlacionar fatores demográficos, clínicos, fragilidade e capacidade funcional de pessoas idosas na pandemia de COVID-19. Métodos: estudo longitudinal prospectivo, realizado em uma unidade de atenção secundária com 128 participantes. As variáveis compreenderam dados demográficos, clínicos, fragilidade, atividades básicas e instrumentais da vida diária. Foram realizadas estatística descritiva, testes t student e correlação de Pearson. Resultados: ocorreu diminuição das atividades básicas (p<0,001) e instrumentais (p=0,001) da vida diária entre a primeira e segunda avaliação. Observou-se aumento da fragilidade entre a primeira e segunda avaliação (p<0,001). O aumento da idade correlacionou-se com a redução das atividades básicas e instrumentais da vida diária. As atividades instrumentais foram reduzidas com a maior quantidade do total de doenças e da fragilidade e correlacionou-se positivamente com a escolaridade. Conclusão: ocorreu a diminuição da capacidade funcional nas pessoas idosas e aumento da fragilidade entre as duas avaliações. Fatores demográficos e clínicos apresentaram correlação com as atividades instrumentais de vida diária. Contribuições para a prática: o rastreio das condições identificadas no estudo pode contribuir no período pós-pandêmico, fomentando estratégias como a participação em grupos de convivência, prática de atividades físicas, entre outros para recuperação e/ou manutenção da capacidade funcional e qualidade de vida.
Objective: to examine the correlation between demographic and clinical factors, frailty, and functional capacity in older adults during the COVID-19 pandemic. Methods: this prospective longitudinal study was conducted in a secondary care unit with 128 participants. Variables included demographic and clinical data, frailty, and basic and instrumental activities of daily living. Descriptive statistics, Student’s t-tests, and Pearson’s correlation were applied. Results: a decline in both basic (p<0.001) and instrumental (p=0.001) activities of daily living was observed between the first and second assessments. Frailty increased from the first to the second assessment (p<0.001). Advancing age was correlated with reduced performance in both basic and instrumental activities of daily living. Instrumental activities decreased with a higher number of comorbidities and greater frailty, while they were positively correlated with educational level. Conclusion: a decline in functional capacity and an increase in frailty were observed among older adults between the two assessments. Demographic and clinical factors were correlated with instrumental activities of daily living. Contributions to practice: screening for the conditions identified in this study may support post-pandemic strategies such as participation in social groups, engagement in physical activity, and other interventions aimed at restoring and maintaining functional capacity and quality of life.