As mudanças nos padrões organizacionais, que primam por políticas de certificação ambiental cada vez mais rígida, visando à preservação do meio ambiente, esquecem, por vezes, da educação para o consumo. A expansão do consumo alcança patamares maiores a cada ano, sendo impossível desvincular a prática do consumo do cotidiano dos jovens. Entretanto deve-se compreender a prática de consumir não como nociva, mas passiva de adequação ao cenário atual de escassez de recursos primários. Buscou-se compreender de que forma a Cultura das mídias impacta nas decisões pertinentes ao consumo de bens e serviços relacionados ao público infantojuvenil e qual a percepção desses indivíduos em relação as implicações ao meio ambiente. É neste contexto, que se apresenta o objetivo geral desta pesquisa: verificar a influência da mídia e da escola formal na construção do consumidor infantil e sua conscientização ambiental. Para tanto lançou-se mão de método exploratório e descritivo, com delineamento quantitativo a partir da aplicação de um questionário misto com 194 estudantes de escolas públicas e privadas. Aponta-se como principal resultado o fato de que a escola se torna ferramenta fundamental na educação dos consumidores que se encontram imersos em teias ilusórias tecidas pela publicidade e reforçadas pelos grupos sociais e seus símbolos. O esclarecimento e direcionamento desse público jovem deve ocorrer dentro da escola, a qual necessita desenvolver nos alunos uma visão holística dos indivíduos e do meio em que vivem, sendo possível a formação de consciência e atitudes preconizadas na avaliação de ações críticas, em prol da sustentabilidade ambiental.