Desde os anos 1970 os nossos hábitos de audiência televisiva estão sendo transformados, principalmente depois do advento da TV a cabo. Esse processo vem sendo desenhado sob vários formatos até chegar nos modelos de distribuição de streaming e over-the-top, configurando a formação de um novo ecossistema na cadeia produtiva audiovisual envolvendo todos os atores da difusão, produção e publicidade.
Para obter os resultados desta problematização, utilizou-se o método de pesquisa exploratória com a finalidade de investigar a crise do modelo tradicional de televisão, observando como as novas tecnologias de difusão audiovisual determinaram as mudanças comportamentais do consumidor. Para tal, o estudo foi fundamentado em fontes secundárias apoiado nas ideias de teóricos de significativa importância na definição e construção dos conceitos discutidos nesta análise, como Emanuel Castells, Nestor Canclini, Javier Diaz-Noci e Roger Parry. Para ancorar o referencial bibliográfico vários dados foram obtidos em fontes primárias e secundárias como: relatórios técnicos, pesquisas de mídia e artigos de revisão em websites especializados.
A combinação destas fontes permitiu revelar que a audiência online, móvel e não linear está causando disfunções radicais: uma convergência global de acesso, entretenimento exclusivo, desintermediação da distribuição e expansão da televisão ao vivo online.. A despeito disso, o fenômeno não deve ser tratado apenas como um período de transição entre o tradicional e o digital, mas como um processo de assimilação híbrida composto de diversas origens, envolvendo atores e parceiros que fazem fluir o negócio e gerar mais valor, mesmo que ao custo de uma canibalização ativa e desconcertante.