estudo tece cruzamentos entre a prática
teatral e a evolução da tecnologia de
imagem no decorrer do século XX ao
inÃcio do XXI. Desvenda as aproximações
e desconfianças iniciais do teatro
face às transformações tecnológicas
ocorridas no seio da sociedade e destaca
a situação atual de uma cena teatral
em que, sem preconceito, se mesclam
imagens compostas por corpos vivos
e imagens produzidas por recursos
técnicos. Nessa trajetória, examina-se
a função pedagógica do emprego da
imagem cinematográfica no teatro polÃtico
de Piscator e Meyerhold; a recusa
da tecnologia pelo teatro essencialista
dos anos sessenta, em nome da pureza
ontológica da arte teatral; as isoladas
experiências formais e tecnológicas
de Svoboda e Polière e, finalmente, as
significativas mudanças do pensamento
teatral que conduziram à presença
freqüente, hoje, de imagens virtuais
sobre uma cena motivada, acima de
tudo, em interrogar a percepção sensorial
do espectador.