Falamos e fazemos política o tempo todo. Política é uma dimensão alojada no ser humano. A partir da terceira geração dos Annales, o conceito de Cultura Política ganhou novas dimensões. Levando em consideração este novo posicionamento e que a identidade um povo pode ser pesquisada por meio de vários aspectos (étnicos, saberes coletivos, identidades e posturas políticas), como dimensionar a Cultura Política brasileira, ou seja, de um povo dividido em pátrias, concentrador de poder em pessoas, frequentemente descumpridor das leis como condição de sobrevivência e que não viu suas construções teóricas nascidas do costume? Como conseguir identificar as fragilidades de uma democracia em construção? E qual seria o papel do historiador neste processo? As propostas dos Annales de como lidar com a Cultura Política já estaria estabelecida entre os historiadores brasileiros? Eis alguns pontos que serão discutidos neste trabalho. Algumas respostas, algumas incitações e muitas incertezas.
We talk and do politics all the time. Politics is a dimension housed in the human being. From the third generation of Annales onwards, the concept of Political Culture gained new dimensions. Taking into account this new positioning and that the identity of a people can be researched through various aspects (ethnic, collective knowledge, identities and political stances), how to size Brazilian Political Culture, that is, of a people divided into homelands, concentrating of power in people, often breaking laws as a condition of survival and who did not see their theoretical constructions born of custom? How can we identify the weaknesses of a democracy under construction? And what would be the role of the historian in this process? Would the Annales proposals on how to deal with Political Culture already be established among Brazilian historians? Here are some points that will be discussed in this work. Some answers, some incitements and a lot of uncertainty.
