Um referencial teórico sólido é de suma importância para que psicólogas/os desenvolvam ações em consonância com uma perspectiva crítica em Psicologia Escolar, que considere os inúmeros atores e aspectos referentes aos processos de ensino e aprendizagem: estudantes, docentes, gestores, famílias e suas condições materiais concretas; os projetos político-pedagógicos da escola e as políticas públicas educacionais. Neste artigo relatamos algumas de nossas vivências profissionais, considerando que estas podem contribuir para a atuação com estudantes e docentes da Educação Básica. Também trazemos considerações sobre uma pesquisa realizada com psicólogas/os da rede pública de educação de sete estados brasileiros que apontou a inconsistência teórico-metodológica encontrada junto às/aos participantes da pesquisa, o que enfraquecia e despotencializava o planejamento e o desenvolvimento das práticas educativas e, frequentemente, os reduzia à condição de “resolvedores” de problemas. Esses relatos se entrecruzam com alguns conceitos da Psicologia Histórico-cultural, como vivência e zona de desenvolvimento próximo, com o intuito de ilustrar e reiterar a necessidade dessa perspectiva teórica para uma educação voltada à humanização dos sujeitos nela envolvidos e com ela comprometidos.
A solid theoretical framework is considered of supreme importance for psychologists to develop actions in line with a critical perspective in School Psychology, which considers the numerous actors and aspects related to the teaching and learning processes: students, teachers, managers, families and their concrete material conditions; the school's political-pedagogical projects and educational public policies. In this article we report some of our professional experiences, considering that they can contribute to the work with students and teachers of Basic Education. We also bring considerations about a survey carried out with psychologists from the public education system in seven Brazilian states, which pointed out the theoretical and methodological inconsistency found with the research participants, which weakened the planning and development of educational practices and, often reduced them to the condition of problem solvers. These reports intersect with some concepts of Historical-cultural Psychology, such as experience and zone of close development, in order to illustrate and reiterate the need for this theoretical perspective for an education aimed at humanizing the subjects involved in it and committed to it.