De Inês a Mary: o amor num épico contemporâneo

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ISSN: 2316-6134
Editor Chefe: Ida Alves
Início Publicação: 15/05/2024
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Letras

De Inês a Mary: o amor num épico contemporâneo

Ano: 2025 | Volume: 36 | Número: Especial
Autores: Luciana Salles
Autor Correspondente: Luciana Salles | lucianasall@gmail.com

Palavras-chave: Literatura Contemporânea, Gonçalo M. Tavares, Camões, Releitura

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este texto explora o “retorno do épico” na Literatura Portuguesa contemporânea, com destaque para Uma viagem à Índia, de Gonçalo M. Tavares, uma releitura de Os Lusíadas. A obra reconfigura o épico clássico ao substituir o herói coletivo pelo indivíduo, enfatizando a mitologia e a subjetividade em detrimento da história. O protagonista, Bloom, simboliza uma ponte entre tradição e modernidade, dialogando com figuras como Leopold Bloom (Ulysses) e Harold Bloom. Releituras de personagens e episódios, como Adamastor e Inês de Castro, revelam uma tensão entre permanência e transformação. O artigo culmina em um experimento de colagem literária, entrelaçando versos de Camões e Tavares, reafirmando a vitalidade do épico como espaço de reflexão estética e cultural no século XXI.



Resumo Inglês:

This article explores the “return of the epic” in contemporary Portuguese literature, focusing on Gonçalo M. Tavares’s A Journey to India, a modern reinterpretation of The Lusiads. The work reimagines the classic epic by replacing the collective hero with the individual, emphasizing mythol ogy and subjectivity over history. The protagonist, Bloom, bridges tradition and modernity, engaging with figures like Leopold Bloom (Ulysses) and Harold Bloom. Reinterpretations of characters and episodes, such as Adamastor and Inês de Castro, highlight a tension between permanence and transformation. The article concludes with a literary collage experiment, interweaving verses from Camões and Tavares, reaffirming the vitality of the epic as a space for aesthetic and cultural reflection in the 21st century.