A taxa da decomposição e o fluxo de nutrientes a partir das folhas senescentes às folhas fotossinteticamente ativas de espécies diferentes são distintos, porque sua regulação é feita pela qualidade do substrato e microambiente de cada tipo de floresta. A qualidade do substrato varia com a concentração da celulose e lignina, tornando-o mais resistente à decomposição. O objetivo deste trabalho foi avaliar a redistribuição de nutrientes, a velocidade da decomposição e a contribuição das folhas na ciclagem de nutrientes. Para tanto, folhas senescentes e fotossinteticamente ativas de 3 espécies dominantes foram coletadas, das quais uma parte foi usada para quantificar a redistribuídos de nutrientes na própria planta, enquanto a outra parte de folhas senescentes foi submetida à decomposição em pontos diferentes dentro de sacolas de malha de nylon, com as quais foi determinada a velocidade de decomposição. A retirada das sacolas do experimento foi feita de 15 em 15 dias, nos 4 meses iniciais, e em intervalos de tempo não inferior a 25 e nem superiores aos 30 dias para os restantes meses. A decomposição completa das folhas foi verificada próximo de 360 dias. Os coeficientes de regressão da dinâmica de decomposição foi de 0,0048 ± 0,0005, 0,0059 ± 0,0007, 0,0049 ± 0,0005 para Dialium guianensis, Tovomita schomburgkki e Brosimum lactescens, respectivamente. Foi constatada a redistribuição de nutrientes entre folhas senescentes e fotossinteticamente ativas a partir da diferença de teor de nutrientes, resultante da análise química de ambos os tipos de folhas.