A REFORMA ADMINISTRATIVA apregoa aos quatro cantos do país que objetiva o fim de um ciclo vicioso formado ao longo dos anos pela mentalidade canhestra tanto dos administradores quanto dos servi-dores. Pois bem, tão errônea e viciosa quanto o estado atual da máquina administrativa é a filosofia das reformas pretendidas pelo governo federal. A começar pelos maiores atingidos de toda esta estória: os próprios funcionários públicos (servido-res, segundo os mais preciosistas professores de cursi-nhos preparatórios para concursos). São vistos por to-dos que não ocupam tais cargos como espertalhões mamando nas tetas do erário, recebendo um salário em troca da prestação de serviços preguiçosos e de necessidade duvidosa. As garantias que os ditos privi-legiados recebem seriam uma transposição para o varejão das regalias que juízes e membros do Ministério Público possuem.