Este artigo discute a evolução do princípio da democracia ao longo da história da educação pública brasileira, com o objetivo de contextualizar o desenvolvimento da gestão democrática, atualmente em destaque nas escolas públicas como condição para a melhoria da qualidade da educação. A análise baseia-se na Constituição Federal de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, buscando compreender os princípios que sustentam uma gestão democrática, bem como os limites e desafios enfrentados nesse âmbito escolar. Como pressuposto central, considera-se que a participação dos atores escolares e da comunidade é fundamental para a efetivação de uma gestão democrática. Para isso, o conceito de participação foi abordado a partir da perspectiva de Diaz Bordenave (1994), que a enxerga como um processo de aprendizado. A pesquisa adotou uma abordagem documental e bibliográfica. O estudo faz uma crítica ao modelo de gestão que se declara democrático, mas que muitas vezes não promove espaço para a participação efetiva dos atores escolares. Destaca-se que a participação genuína de professores e comunidade ainda é um objetivo a ser alcançado, representando um grande desafio e um entrave na implementação da democracia nas escolas. Nesse contexto, o gestor assume um papel de liderança e responsabilidade pelo rompimento do paradigma tradicional de gestão conservadora, promovendo uma mudança necessária para consolidar a gestão democrática.