Campina Grande, no agreste paraibano, concebida como cidade de porte médio, expressa contradições contemporâneas urbanas e socioespacais através de uma reestruturação pautada na segregação, tendo neste fenômeno, os bairros planejados. Os bairros planejados chegaram ao Brasil por meio das cidades jardins, que se constituem em bairros planejados segundo o conceito inglês de garden city, e que oferecem aos condôminos amplas áreas verdes com praças, parques, intensa arborização em suas calçadas, além de um traçado urbano sustentável. Diante dessa discussão, esse trabalho utilizou uma metodologia pautada na fragilidade ambiental e enalteceu que esses empreendimentos estão em terrenos com declividade superior a 30%, onde as moradias se encontram assentadas sob Neossolos Litólicos associados a Cambissolos rasos embasados tanto por granito como por gnaisse, cuja susceptibilidade à erosão deve ser considerada ao preparar o terreno com técnicas engenharia especificas. Dessa forma, diante das características fisiográficas e do púbico alvo, pode-se ressaltar estar ocorrendo expansão urbana e descentralização da cidade de Campina Grande por ações em massa de deslocamento das classes C e D para ambientes vulneráveis, que podem acarretar danos materiais e humanos.