O aumento no cultivo de soja no Brasil têm atingido áreas antes utilizadas para outros fins, como em regiões de solos de várzea, estando assim, sujeita a eventuais alagamentos do solo. Este trabalho objetivou avaliar alterações morfofisiológicas em cultivares de soja de ciclo médio, em condições de alagamento do solo, nos estádios fenológicos vegetativo e reprodutivo para recomendação de cultivares. Os experimentos foram conduzidos na Estação Experimental de Terras Baixas, da Embrapa Clima Temperado em Capão do Leão, RS. Foram aplicados três sistemas de manejo da água: condição normal de cultivo (sem alagamento), alagamento no período vegetativo (V3/V4) e alagamento no período reprodutivo (R2/R3). As avaliações realizadas durante o ciclo da cultura foram: altura de plantas, diâmetro da haste principal, índice do teor de clorofila, fenologia e número de nós nas hastes por planta. O alagamento do solo reduz o número de nós na haste principal, reduzindo a estatura das plantas, sendo os efeitos mais acentuados quando o alagamento ocorre no estádio vegetativo. Além disso, o alagamento do solo no período reprodutivo promove aumento do diâmetro da haste principal. O alagamento do solo causa retardamento de ocorrência dos estádios fenológicos, bem como do ciclo total das cultivares de soja.