Este artigo relata experiência vivenciada em uma escola infantil, na qual dois sujeitos infantis, ambos com quatro anos de idade, vivem o sofrimento da não aceitação da cor da pele, baseado no preconceito racial. O presente texto refere-se como a não aceitação do outro interfere no desenvolvimento social, emocional e afetivo em pleno desabrochar dos conhecimentos de mundo e aceitação de valores culturais e étnico-raciais. Os procedimentos metodológicos basearam-se em um levantamento da bibliografia especializada: livros, artigos e também na experiência de práticas em sala de aula. Para identificar o entendimento entre as crianças da aceitação de todos em grupo, foram observadas as interações durante as aulas e as mudanças de atitudes na formação das rodinhas, dos grupos menores com colaborações harmoniosas e parcerias, no desenvolvimento das ações desenvolvidas de músicas, brincadeiras, jogos e contação de histórias. O marco teórico fundamenta-se nos autores: Cavalleiro (2012), Munanga (2005) e Hall (2004). O estudo conclui-se com proposições observatórias para um trabalho pedagógico visando o combate ao preconceito racial no ensino infantil pelo desvelamento, inserindo valores atitudinais na etapa inicial da educação básica, na formação de uma consciência cidadã para aceitação da diversidade humana.