Devemos aproximar questões sobre ética e direitos animais à educação ambiental? O que pensam educadores ambientais brasileiros sobre esse tema

Pesquisa em Educação Ambiental

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ISSN: 2177580x
Editor Chefe: Luiz Carlos Santana
Início Publicação: 30/11/2006
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Devemos aproximar questões sobre ética e direitos animais à educação ambiental? O que pensam educadores ambientais brasileiros sobre esse tema

Ano: 2015 | Volume: 10 | Número: 1
Autores: Maria Castellano, Marcos Sorrentino
Autor Correspondente: M. Sorrentino | sorrentino.ea@gmail.com

Palavras-chave: educação ambiental, educação humanitária, estudos críticos animais

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Nos últimos anos, tem se ampliado na academia a abordagem de questões relativas às formas como nos relacionamos com os outros animais. Autores dessas áreas reconhecem a pertinência de uma aproximação desse campo com o da educação ambiental, tanto pela convergência de princípios quanto pelas inter-relações pragmáticas entre elas. Entretanto, aproximá-las não tem sido trivial, em parte por dificuldades trazidas pelas próprias questões sobre nossas relações com os outros animais, e, em parte, por alguns entendimentos pouco ousados sobre a educação ambiental, seu papel e alcance. A partir dos resultados de uma série de questionários, o presente trabalho traz uma perspectiva sobre o que pensam educadores brasileiros – sobretudo educadores ambientais – sobre essa aproximação, sendo que a maioria dos respondentes a considerou pertinente, ainda que, em vários casos, sob perspectivas um tanto conservadoras. O artigo propõe abordagens pedagógicas, visando superar as dicotomias e lacunas identificadas entre essas duas áreas, sugerindo a valorização do diálogo e a inspiração na perspectiva inclusiva e abolicionista dos estudos críticos animais como um caminho nesse sentido.



Resumo Inglês:

In recent years the approach to issues concerning how we relate to other animals has been expanded within the academia. Authors in these areas recognize the relevance of the approximation of this field to that of environmental education, due both to the convergence of principles between them, and to their pragmatic interrelationships. However, bringing them together has not been trivial, partly because of difficulties brought about by the very issues concerning our relationships with other animals, and in part due to some little audacious understandings of environmental education, its role and scope. From the results of a series of surveys, this study brings a perspective on what Brazilian educators – specially environmental educators – think about this approximation. The majority of respondents considered it relevant, although in some cases through an outlook somewhat conservative. The article proposes pedagogical approaches aimed at overcoming the dichotomies and gaps identified between these two areas, suggesting the enhancement of dialogue and the inspiration in the inclusive and abolitionist perspective of critical animal studies as a path in that direction.



Resumo Espanhol:

En los últimos años, la academia ha ampliado el abordaje de las cuestiones relativas a las formas en que nos relacionamos con los animales. Los autores de estas áreas reconocen la importancia de un planteamiento de ese campo con la educación ambiental, tanto por la convergencia de principios como por las interrelaciones pragmáticas entre ellos. Sin embargo, acercarlos no ha sido trivial, en parte, por las dificultades provocadas por las mismas preguntas acerca de nuestra relación con otros animales, y, en parte, por ciertos entendimientos poco osados acerca de la educación ambiental, su función y alcance. A partir de los resultados de una serie de cuestionarios, este estudio aporta una perspectiva sobre lo que piensan educadores brasileños - educadores ambientales especialmente - en este enfoque, siendo que la mayoría de los encuestados la consideró relevante, aunque, en muchos casos, bajo perspectivas algo conservadoras. El artículo propone enfoques pedagógicos, con el objetivo de superar las dicotomías y los vacíos identificadas entre estas dos áreas, lo que sugiere la mejora del diálogo y la inspiración en la perspectiva inclusiva y abolicionista de los estudios críticos animales como un camino en consecuencia.