Desenvolver um diálogo entre urbanização e saúde é a intenção principal deste artigo que, baseado na documentação existente, define a primeira como técnica e a segunda como ciência. Da interação entre ambas, surge um novo campo de atuação para os profissionais de saúde e gestores municipais, já que disponibilizam um conjunto de ferramentas facilitadoras de ações de caráter territorial e de entendimento de como esta relação se processa, enquanto aprimoram os conhecimentos em torno da territorialização da saúde. A contextualição histórica e a evolução ao longo do tempo fornecem os elementos necessários à discussão de como o SUS se organizou no espaço brasileiro a partir da presença humana, identificando os problemas no campo da saúde em cada região, e sua correlação com os aspectos urbanos envolvidos. A partir desta interação, programar políticas de saúde pública bem como suporte aos gestores deste campo são questões de extrema relevância. O território ao que o texto se remete não se limita a mera circunscrição,habitado por humanos, ele é justificado por suas relações e vínculos com o meio, exigindo ações ordenadas por parte do Estado, que garantam a todos os cidadãos o acesso à saúde plena, de forma direta ou indireta. Esse serviço culmina no Brasil, com a formulação do Estatuto da Cidade que após a municipalização da saúde, veio garantir os instrumentos e as condições necessárias para que os Gestores viabilizem a promoção desta ultima, que conforme se depreende, vem sendo discutida há quase um século.