Com a expansão das atividades antrópicas, a floresta tropical amazônica tem sofrido intensas transformações. Após a retirada da vegetação há o abandono desses ecossistemas possibilitando a resiliência natural. Com o intuito de acelerar este processo, é realizado o plantio de diversas espécies nativas para favorecer a ciclagem de nutrientes, com o acúmulo de liteira. Portanto, objetivou-se comparar a deposição de massa seca e as propriedades químicas em floresta em estágio sucessional de desenvolvimento (FSU) e plantio de Virola surinamensis Rol. (Ward.) (VSU). O experimento foi conduzido na região dos tabuleiros costeiros, na Amazônia oriental, sendo as coletas realizadas quinzenalmente durante três anos. O estudo evidenciou que o ecossistema FSU houve maior quantidade (p<0,05) no estoque de liteira em relação ao VSU. Os resultados da acumulação da liteira foram 7,94 Mg ha-1 ano-1 e 6,30 Mg ha-1 ano-1 no FSU e VSU, respectivamente. Quanto às propriedades químicas do material depositado, o teor e conteúdo de K e Mn no FSU foram maiores comparando-se ao VSU. Para o Ca e o Mg os teores foram superiores no VSU, entretanto o conteúdo não diferiu entre os dois ecossistemas. Para o FSU o teor e conteúdo de Fe foram menores, enquanto que para estas mesmas variáveis, Cu e Zn pouco divergiram na floresta e no monocultivo. O acúmulo de liteira e a maioria do conteúdo de nutrientes apresentam valores superiores em floresta sucessional devido à diversidade florística e estrutural das espécies envolvidas.