O objetivo geral deste trabalho é analisar a relação entre as
polÃticas de educação e de saúde na formação do enfermeiro, em Dourados-MS,
a partir da avaliação dos alunos egressos. Para a compreensão dessa questão
buscaram-se as respostas junto aos egressos do curso de Enfermagem da
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, formados em dois modelos
distintos de matriz curricular, o de 1998 e o de 2004, cada qual elaborado a
partir da legislação curricular especÃfica da época. Trata-se de uma pesquisa
qualitativa, que procedeu à revisão bibliográfica e de grupo focal. Sob uma
perspectiva neoinstitucionalista, os egressos são atores importantes no cenário
polÃtico como articuladores de polÃticas públicas educacionais em nÃvel micro,
referente à s polÃticas internas das instituições de ensino superior públicas, e em
nÃvel macro, pois constituem uma categoria profissional inserida no mundo do
trabalho. Os resultados demonstram que o curso de Enfermagem em questão,
buscou adequar-se às orientações curriculares para a graduação em
Enfermagem. Para os egressos, a matriz curricular atual destaca-se pela
proposta de integralidade e pelos estágios supervisionados. No entanto, os
egressos apontaram dificuldades em relação às questões pedagógicas
inovadoras propostas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de
Graduação em Enfermagem, demonstrando a necessidade de contÃnuo debate a
respeito, tanto para discentes como para docentes e instituições parceiras da
Universidade. Os depoimentos dos egressos, em sua maioria, demonstraram o
desconhecimento que eles possuem acerca da confluência das polÃticas de
educação e de saúde no seu processo de formação, mesmo com sua posterior
inserção no mundo do trabalho. Acredita-se que as ações de saúde coletiva,
tendo em vista os ideais da Constituição Federal de 1988, no sentido de
estender as polÃticas públicas sociais, a um maior número de brasileiros, com
qualidade, e que encontraram repercussão no SUS, são as bases para a
formação do enfermeiro.