Este artigo tem como objetivo, analisar as condições de leitura no contexto escolar, e observar como a intervenção pedagógica reflete no processo de ensino e aprendizagem no contexto do faz-de-conta à formação de leitores. Em uma sociedade como a nossa, onde vivemos esta “globalização” geral, muito pouco tempo tem se conseguido disponibilizar em nossas escolas, entre a rotina de pais e professores, para discutir as condições de leitura no contexto escolar. No entanto, no contexto deste mundo moderno, onde o trabalho e a mídia tem ocupado a maior parte do tempo da vida do homem, um dos únicos redutos onde as crianças tem chance de desenvolver o hábito da leitura é a e na “escola”. Porém, não basta apenas colocar a criança em contato com o livro na escola. Apesar do interesse da população pelo material impresso, é preciso, por um lado, iniciá-lo nos caminhos da interpretação do texto literário, que emprega múltiplos recursos para construir o sentido. Por outro lado, é preciso repensar o sistema ligado ao livro: a escola, a biblioteca, a livraria, a família e os meios de comunicação. No ensino fundamental, percebemos que a criança aprende a ler o mundo nos primeiros anos de vida e a função social da escola deveria ser de direcionar essa leitura para situar o leitor no mundo letrado. Mas nem sempre isso acontece ou é possível, e a intervenção pedagógica como mediadora deste processo é importante na medida que “abre” estas novas oportunidades para que a criança internalize este aprendizado.